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Essa semana que se passou foi uma semana muito reflexiva para mim. Por várias vezes me peguei absorta em meus pensamentos. Não nego, era sim, em relação aos últimos acontecimentos. Aliás, pensando mais um pouquinho agora, já são 15 dias.
Já senti tudo, raiva, ódio, pena, mágoa, felicidade, liberdade, tudo. Mas as vezes penso que esse misto não é nada bom! Só posso torcer para passar....
Também, não é fácil você descobrir de forma inusitada o quanto as pessoas conseguem ter a facilidade de enganar e mentir... por tanto tempo! É, eu devo ser muito ingênua mesmo! Afinal, não perceber coisas tão óbvias só pode ser coisa de uma ingênua e ainda por cima, apaixonada. Enfim..."the end" para esta história! "Finito" e espero que "per sempre"...
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Mas tirando esses "fatos", nessa semana eu vivi uma coisa inusitada. Pela manhã, estava eu no metrô aguardando o próximo quando parou um senhor ao meu lado. Olhei para ele e fiquei atônita. Como aquele senhor era parecido com meu pai...
Não consegui para de olhar para ele, analisá-lo: tom da pele, boca, olhar, nariz...tudo! Ele tinha os cabelos brancos e eu até fique pensando que se meu pai estivesse aqui, talvez seria daquele mesmo jeito, uma vez que até o ondulado dos cabelos daquele senhor era igual ao do meu pai...
Entrei no vagão e o senhor sentou-se na minha frente. Tive, então, a oportunidade de analisar suas roupas e, por um momento, eu cheguei até a pensar que eram parecidas com as do meu pai...
Fiquei o caminho todo olhando para aquele senhor lendo o seu jornal. Talvez ele nem tenha percebido o quanto eu o olhava....
Estação Belém. O dia de trabalho começa e aquele senhor e eu talvez nunca mais nos encontraremos, mas ele, sem saber, dispertou em minha aquela saudade boa do meu pai....
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Bora lá!!
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Bom, ultimamente eu ando sentindo vontade de fazer várias coisas. Enfim, talvez essas vontades tenham um fundamento, não sei. Mas acontece que faz algum tempo que ando pensando muito
É, esse lugar não me agrada muito, principalmente por que a ultima vez que estive lá mexeu muito comigo, pois foi o dia que fizemos a exumação dele. Não foi fácil aquele dia, mas, mesmo sendo difícil é uma coisa que precisamos encarar... às vezes.
Hoje foi o dia. Fomos todos, minha mãe, meu irmão e eu. Chegamos lá, o local vazio, tranqüilo. Mesmo fazendo muito tempo da ultima visita, eu sabia exatamente o local. Paramos em frente, estava tudo certo, nenhum problema.
Ficamos parados ali por um tempo, meu irmão por um momento lembrou-se de algo referente à data. Minha mãe lembrou-se de alguma outra coisa. E eu lembrei de tudo que aconteceu antes, durante e depois...
Eles decidiram ir dar uma volta e eu fiquei ali, parada embaixo de um sol forte, olhando para aquela lápide. Rezei um Pai Nossa para ele. Pedi para ele ficar a meu lado, pois eu estava precisando dele. Fiquei pensando em como seria nós, hoje. Como seriam nossas vidas. Se teríamos uma chance para ficarmos juntos.
Mas, acho que a sensação mais forte que tive foi a de que parecia que ele não estava ali, de baixo daquela lápide. Acho que sinto meu pai muito mais dentro da minha casa do que senti ali, naquele lugar longínquo. Não sei explicar, mas por um momento me perguntei o que estava fazendo ali se ele não estava ali...
Foi estranho esse pensamento, mas confortante, pois é pensando assim que percebo o quanto posso senti-lo comigo. O quanto sinto saudades. O quanto ele é presente
No final desses pensamentos e orações, não consegui segurar as lágrimas...
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