Sábado, 24 de Novembro de 2007

PALAVRAS AO VENTO...

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A primeira letra do alfabeto é também a primeira letra da palavra amor e se acha  importantíssima por isso!

Com A se escreve "arrependimento" que é uma inútil vontade de pedir ao tempo para voltar atrás. E com A se dá o tipo de tchau mais triste que existe: "adeus"... Ah, é com A que se faz "abracadabra", palavra que se diz capaz de transformar sapo em príncipe e vice-versa...


Com B se diz "belo" - que é tudo que faz os olhos pensarem ser coração; e se dá a "bênção", um sim que pretende dar sorte.


Com C, "calendário", que é onde moram os dias e o "carnaval", esta oportunidade praticamente obrigatória de ser feliz com data marcada. "Civilizado" é quem já aprendeu a cantar parabéns pra você e sabe o que é "contrato": "você isso, eu aquilo, com assinatura embaixo".

Com D, se chega à "dedução", o caminho entre o "se" e o "então"... Com D começa "defeito", que é cada pedacinho que falta para se chegar à perfeição e se pede "desculpa", uma palavra que pretende ser beijo.


E tem o E de "efêmero", quando o eterno passa logo; de "escuridão", que é o resto da noite, se alguém recortar as estrelas; e "emoção", um tango que ainda não foi feito. E tem também "eba!", uma forma de agradecimento muito utilizada por quem ganhou um pirulito, por exemplo...


F é para "fantasia", qualquer tipo de "já pensou se fosse assim?"; "fábula", uma história que poderia ter acontecido de verdade, se a verdade fosse um pouco mais maluca; e "fé", que é toda certeza que dispensa provas.

 

A sétima letra do alfabeto é G, que fica irritadíssima quando a confundem com o J. G, de "grade", que serve para prender todo mundo - uns dentro, outros fora; G de "goleiro", alguém em quem se pode botar a culpa do gol; G de "gente": carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.


Depois vem o H de "história": quando todas as palavras do dicionário ficam à disposição de quem quiser contar qualquer coisa que tenha acontecido ou sido inventada.


O I de "idade", aquilo que você tem certeza que vai ganhar de aniversário, queira ou não queira.


J de "janela”, por onde entra tudo que é lá fora e de "jasmim", que tem a sorte de ser flor e ainda tem a graça de se chamar assim.


L de "lá", onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do que aqui; de "lágrima", sumo que sai pelos olhos quando se espreme o coração, e de "loucura", coisa que quem não tem só pode ser completamente louco.


M de "madrugada", quando vivem os sonhos...

 

N de "noiva", moça que geralmente usa branco por fora e vermelho por dentro.


O de "óbvio", não precisa explicar...


P de "pecado", algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou.


Q, tudo que tem um não sei quê de não sei quê.

 

E R, de "rebolar", o que se tem que fazer pra chegar lá.


S é de "sagrado", tudo o que combina com uma cantata de Bach; de "segredo", aquilo que você está louco pra contar; de "sexo": quando o beijo é maior que a boca.


T é de "talvez", resposta pior que ‘não’, uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança... De "tanto", um muito que até ficou tonto... De "testemunha": quem por sorte ou por azar, não estava em outro lugar.


U de "ui", um “ai" que ainda é arrepio; de "último", que anuncia o começo de outra coisa; e de "único": tudo que, pela facilidade de virar nenhum, pede cuidado.


Vem o V, de "vazio", um termo injusto com a palavra nada; de "volúvel", uma pessoa que ora quer o que quer, ora quer o que querem que ela queira.


E chegamos ao X, uma incógnita... X de "xingamento", que é uma palavra ou frase destinada a acabar com a alegria de alguém; e de "xô", única palavra do dicionário das aves traduzida para o português.


Z é a última letra do alfabeto, que alcançou a glória quando foi usada pelo Zorro... Z de "zaga", algo que serve para o goleiro não se sentir o único culpado; de "zebra", quando você esperava liso e veio listrado; e de "zíper", fecho que precisa de um bom motivo pra ser aberto; e de "zureta", que é como fica a cabeça da gente ao final de um dicionário inteiro.

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Em meus ouvidos toca: Ever the Same - Rob Thomas
Sinto-me: "Alfabetizada"
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Rabiscado por Bridget Bran às 01:30
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2 comentários:
De JuJu a 24 de Novembro de 2007 às 20:59
Eu aqui, atrás da letra de uma música, e me deparo que esse seu cantinho maravilhoso! Adorei esse abecedário daí do post!
Passe lá no meu blog e deixe seu comentário!!!


De Bridget Bran a 25 de Novembro de 2007 às 01:27
Olá Juju!!!

Agradeço a visita em meu cantinho!! Seja bem vinda aqui, sempre!

É, esse abecedário aí em cima faz a gente pensar um bocado....rsrsrsrs

Beijocas,
Bri


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